1ª semana

Roxy estava sentada no parapeito da janela, a olhar para o mar, quando um som a "despertou" dos seus pensamentos. Algo tinha caído.

- Alex, está tudo bem? - perguntou enquanto punha os pés no chão.

Como não obteve resposta, começou a procurá-lo.

- Alex! - chamou sorrindo - Deve estar a jogar às escondidas comigo.

Abriu a porta da cozinha e entrou pé ante pé. Procurou debaixo da mesa, por trás dos armários, dentro da dispensa, mas sem sucesso. Continuou à procura dele, entrando depois na sala, mas nada. Entrou por fim no quarto. Quando empurrou a porta, Roxy correu e ajoelhou-se no chão.

- Alex!! - gritou agarrando-o pelos ombros.

Ele estava deitado no chão, todo encolhido, com as mãos na cabeça e numa delas a sua cruz prateada entrelaçada.

- Dói... - murmura ele baixo.
- O quê? - pergunta ela.
- Dói-me tanto a cabeça... - repetiu ele com muito esforço.
- Oh maninho... - deitou-lhe a cabeça no seu colo e passou-lhe a mão nos olhos, fechados - Tens de acordar... - murmurou entristecida.
- Acordar do quê? - perguntou sem perceber.

Ela suspirou, enquanto o ajudava a levantar. Levou-o para a sala e deitou-o no sofá.

Estás tão diferente... - de repente, a sua feição tornou-se assustada - Não, não podes ficar mais! - agarrou nele pela mão e puxou-o até à janela.

- Onde vamos? - o seu tom de voz estava cada vez mais baixo.
- Vais embora. - empurrou-o até ao parapeito da janela - Adeus maninho. Nunca te esqueças que eu te adoro.
- O quê Roxy? - ela empurrou-o da janela abaixo, de um prédio que parecia interminável - Roxy!! - fechou os olhos e gritou enquanto caía.

Pouco depois, deixou de se sentir a cair. Parecia-lhe estar deitado sobre algo macio, e não tinha sentido o impacto do chão. Abriu os olhos, devagar, mas logo os fechou.

Era tudo um sonho... - suspirou - Novamente...





Alguns passos ecoavam pela rua escura. Ouviu-se uma suspiro ansioso, e as mãos transpiravam. Os únicos sons que quebravam aquele silêncio, eram o bater do coração, que acompanhava o tic-tac do relógio de pulso.

Está na hora. - carregou a arma* e colocou o olho direito na mira - Um, dois, t - o dedo que estava no gatilho ficou parado, enquanto o alvo passava na rua, e ela ficou com os olhos muito esbugalhados - Porque vieste atrás de mim? - perguntou sem tirar o olho da mira - Deixa-me em paz.

Uma mão pousou no seu ombro e um pontapé atirou a rifle para longe.
Ela não desviou o olhar do sítio onde estava a mira, tentando não ver quem era que a estava a agarrar, mesmo sabendo quem era.
Este, agarrou-a por um braço e atirou-a contra uma parede. Ela deixou-se ficar encostada, sem levantar a cabeça.

- Porquê... - mordeu o lábio, deixando escapar - Cronos?


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Agnes tinha acabado de acordar, assustada. Depois de acalmar-se, levantou-se e foi até à cozinha beber um copo de água. Reparou que os chinelos da sua mãe ainda estavam no hall.

Parece que ainda não chegou a casa. Presta mais atenção ao trabalho do que aos três... – lembrou-se da sua irmã morta, Lucy – ... aos dois filhos que tem.

Voltou para o quarto e sentou no parapeito da janela, observando o céu escuro e estrelado.
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No terceiro andar direito do mesmo prédio, Jack estava prestes a adormecer quando ouviu um barulho. Levantou-se e viu que a sua prima Lotti tinha caído no chão.

- O que é que estás a fazer acordada a estas horas? Não devias estar deitada?

Lotti: - Desculpa, mas eu estava com muita fome e não consegui resistir. Tive que ir buscar uma bolacha e... esqueci-me que a mãmã tinha acabado de lavar o chão e que estava molhado.

Jack sorriu.

- Ai ai, nunca ouves o que te dizem, não é? Vá, vai dormir que amanhã é um novo dia.

Lotti: - Conta-me uma história para adormecer, por favor!

- Lotti, tu já tens 8 anos e já não precisas que te contem histórias.

Lotti: - Vá lááá!

- Shiuu, ok ok, eu conto-te uma história, mas faz pouco barulho para os tios não acordarem.

Lotti: - Iupii!~

Jack pegou em Lotti ao colo e levou-a para o seu quarto. Estava decorado com flores e borboletas. Deitou-a na cama, tapou-a com os lençóis com um padrão flores e certificou-se de que a prima estava aconchegada. Depois disse:

- Nem sei como não te cansas deste papel de parede. Enfim, queres que te conte uma história sobre o quê?

Lotti: - Ora, tu já tens 19 anos e já tens imaginação para inventares histórias!

Jack riu-se.

Nada disse Cronos a Elyss, e um silêncio aterrador surgiu sobre aquele momento...

- Hmph... agora já te lembras do meu nome... - Disse Cronos esgueirando um ligeiro sorriso e quebrando o silêncio.

- Não era isto que tinha planeado para nós... - Caíu uma lágrima no chão e pouco depois largou Elyss.
Cronos virou costas e deu dois passos - Sabes... desde o primeiro dia que te amei... jurei ser teu protector e amigo mais fiel... pois não tinha coragem de te contar... mas tinha planeado o fazer no mesmo ano que tu me... - Deu uma pequena pausa e retomou. - Bem, tu sabes. De seguida começou a andar normalmente e desapareceu entre a escuridão...

Alice havia acabado de acordar, novamente.
Já era a 8ª vez naquela noite.

Desisto.

Levantou-se da cama, devagar, encaminhando-se para a cozinha.
Bocejou; estava realmente cansada.

Abriu o frigorífico e tirou uma caixa havia recebido naquele dia, de uns rapazes que tinham aulas na sala ao lado da dela.

Sentou-se à mesa, abrindo a caixa.
Havia um bolo enorme, de chocolate e morangos, onde se lia "Fãs #1 ♥".

- Fãs. Yupi! - murmurou, sarcasticamente.

Começou a comer o bolo, começando pela cobertura onde estava a palavra "Fãs".




Rufus, sentado no chão da varanda, tocava guitarra.
Havia acordado há alguns minutos e, sem sono, decidira experimentar umas músicas novas.

Ouviu barulho no apartamento do lado. Gritos, garrafas partidas, choros; o costume.

- O marido da Sra. Wright deve ter apanhado outra bebedeira - suspirou, colocando os headphones.

Naqueles momentos, em que se sentava ali, olhando o céu escuro e tocando guitarra, conseguia abstrair-se do resto.

Uma hora, talvez mais, depois, tirou os headphones e largou a guitarra em cima do sofá.

Ouviu então barulhos, novamente.
Mas desta vez, vinha do apartamento do lado esquerdo do dele.

- Alice?

Com os pés em cima do parapeito da janela do 5º andar,olhou através desta e levantando-a esgueirou-se para o interior.

Abria todas as gavetas, armários e caixinhas que via, remexendo freneticamente em qualquer papelinho que encontrava.

Vá lá velhote...Onde que é que escondes isso? - Antes de poder suspirar, os seus olhos precipitaram-se para a porta de entrada. Susteve a respiração uns segundos.
Podia ouvir vozes do outro lado.

Aproximou-se da janela de novo e olhando para baixo viu um carro estacionado à entrada do edifício, que não estava la antes.
Mordeu o lábio- Bolas... - Apressou-se a fechar tudo e a esconder-se atrás de um cadeirão grande que havia no escritório. Junto deste os cortinados quase a tocavam.

Um homem gordo,espaventoso e engravatado entrou na sala, ao telemóvel
Doc.William C. Dudley- Sim sim,está tudo a andar nos conformes. Com certeza meu caro, lá estarei como combinado. Passe bem.
Após desligar refastelou-se numa cadeira de escritório de couro-cabedal preto brilhante, pondo os pés em cima da secretária de mogno. Assobiava irritantemente com as mãos atrás da cabeça.

Aff...Vá-la despacha-te lá com isso -.- - Começava a ficar impaciente. Quando, ao olhar para o escritório com mais atenção, os seus olhos brilharam, aquilo era mobília cara definitivamente, se pudesse retira-la de lá daria um bom dinheiro, já para não falar das decorações bordadas a ouro e tudo mais.

Despertou destes pensamentos quando sentiu que o homem passava por ela, agaixou-se tentando permanecer imóvel. Ele estava mesmo a sua frente.

Por favor não te sentes..por favor não te sentes... - O banqueiro levou o dedo ao queixo pensando um momento, e entre um
sorriso matreiro aproximou-se do cadeirão, baixou-se colocando-se de joelhos, levantou o assento e por baixo dele retirou um pequeno papelinho.

Como é que não pensei nisto?

Levantou-se com algum custo e dirigiu-se a estante e desviando-a um pouco. Pôde ver-se um pequeno cofre.
Sim,Sim!Isso..Isso mesmo! - Espreitava como um rato por cima do cadeirão

O banqueiro começou então a digitar o código e o cofre abriu revelando enormes quantidades de dinheiro.

Subitamente ouviu-se um estrondo, o seu corpo reagiu com um pulo enquanto o seu coração batia a mil.

Acordou então, a portada da sua janela tinha batido com o vento. Meio sonolenta levantou-se da cama e fechou a portada.

Depois, agachou-se para a mezinha de cabeceira e, numa folha de papel que lá se encontrava, começou a anotar os números do código do cofre com que sonhou.
- Woah! Boa! ehehe - Esfregou as mãos ao ver que conseguira recordar todos os números.

Elyss levantou a cabeça e olhou para ele.

- Cronos, tens de entender… - murmurou levantando-se – Eu não o fiz por querer, e sabes bem que me culpo. – ele começou a andar normalmente e desapareceu por entre as sombras da noite – Não, espera! – chamou.

Ela correu atrás dele, mas nem sinal se mostrou da direcção que ele tinha tomado.

- Raios! – bateu com o pé no telhado, para continuar a correr.

O que ela não esperava era que o telhado cedesse, fazendo com que ela caísse para dentro do prédio.

- Ahhhh! – gritou enquanto caía.

Há medida que ia caindo, o seu corpo ficava cada vez mais ferido, já que os andares, por baixo dela, se iam partindo e que os destroços iam caindo para cima dela.
Não aguentando mais as dores, fechou os olhos, soltando por fim um suspiro abafado.
Ficou imóvel durante o que lhe pareceram dias, até que desistiu. Sentiu o seu corpo a “desligar-se” e uma lágrima correu pela sua face.

- Desculpa Cron… - murmurou quase sem conseguir respirar.





Pouco depois acordou, mas não estava no prédio. Estava no chão, encostada a uma parede de uma cave. Ela olhou para a frente e anuiu.

Estou em casa. – pôs-se em pé e dirigiu-se à parede que estava à sua frente, encostou-se então àquela parede e deixou-se deslizar até chegar ao chão, apoiando a cabeça nos joelhos.

Por trás de si, a parede estava coberta de fotografia suas com Cronos.

Após ter terminado o bolo, Alice colocou o garfo na máquina de lavar loiça e a caixa no contentor.

Dirigiu-se à sala, bocejando.

Sentou-se no sofá e ligou a televisão, num canal de notícias.
Alguns segundos depois, fartou-se e desligou-a.

Levantou-se novamente, indo desta vez até à janela.
Porém, tropeçou na carpete e caiu no meio do chão, fazendo cair também um vaso que estava perto da mão dela.

Rufus aproximou-se da varanda e inclinou-se, tentando espreitar pela janela de Alice.
- Alice?? Estás bem??

Esta ouviu a voz do "vizinho" e suspirou, levantando-se.
- Estou óptima! Só caí, magooei-me e parti um vaso! - gritou sarcasticamente.

Ele apertou a têmpora.
- Precisas de ajuda ou consegues levantar-te?
- Eu consigo sozinha! - ela gritou novamente.

No entanto, Rufus voltou a ouvir um ruído.
Saltou da sua varanda para a de Alice, e deu com ela no meio do chão, agarrada ao tornozelo esquerdo.

- Partiste-o?
- O-O que é que estás aqui a fazer?!
- Vim ajudar-te, sua ingrata. Vá, deixa-me ver isso.

Ele aproximou-se e tocou no tornozelo de Alice, que gemeu com o acto.
- Deve estar só magoado. Anda lá.

Rufus pegou Alice ao colo e levou-a até ao sofá.
- Vou buscar gelo.

Enquanto ele se afastava para ir à cozinha, Alice fitava a parede à sua frente.

Idiota.

Peter caminhava lentamente pelo corredor, quando entra no quarto da Irma e a encontra dizendo:

- Amy?

Esta se virou meio zangada! - Ja te disse milhoes de vezes que batas a porta antes de entrar!

Peter sorriu estava contente por ver a irma...

- Que tem tanta piada seu engraçadinho? - disse tocando-lhe com o dedo indicador na testa... depois olhou para o relogio e disse quase num grito...

- Nao a tempo Peter! Tens de te despachar!

- Despachar mas para que?

- Agora Peter! - O tom da voz de Amy era serio, enquanto Peter Caminhava para tras devido a Amy avançar escorregou e caiu da janela caindo na piscina, Nem tempo para gritar teve, apenas fechou os olhos devido a queda e ao embate com a agua.

Peter acordou sobressaltado, desta vez estava com a cabeça no lugar dos pes e os pes no lugar da cabeça e ja so com meio lençol em cima...

- foi tudo um Sonho...Novamente...

Passado algum tempo, Agnes deitou-se e pensou:

Tem calma, vai tudo correr bem...



Estava escuro e ninguém se encontrava por perto. Começou a caminhar lentamente por uma rua, enquanto chamava:

- Roxy? Lucy? Alguém? - não recebeu resposta e suspirou.

Parou em frente a um prédio. Preparou-se para saltar e num segundo estava no telhado deste. Ficou à espera de alguém, sentada.

Alice esperava por Rufus, mas este nunca mais voltava.
Ela voltou-se na direcção da cozinha e gritou o seu nome. Visto que não obteve resposta, levantou-se e foi saltando -sobre apenas um pé- até chegar à entrada da cozinha.
- Rufus?

Este estava a olhar o balde do lixo, que tinha a tampa levantada.
- Que raios estás a fazer?!

Ele olhou para ela, algo sério.
- O que é isto? - apontou para o balde do lixo.
- O quê? Não consigo ver daqui!

Rufus pegou no contentor e levou-a até ela.
- Isto!

Alice olhou para o interior.
- A embalagem de cereais vazia?
- Não...
- A casca de laranja?
- Não.
- A caixa?
- Sim!
- Então, é uma caixa.

Rufus teve de se conter para não dizer nada que a fosse insultar, ou certamente voaria pela janela.

- E porque é que tens uma caixa desta pastelaria? Nunca te vi lá ir.
- Uns rapazes da turma ao lado da nossa deram-me um bolo.
- D-Deram-te um b-bolo??
- Siiiiiiiiiiiiiiiiiiim. Que dizia "Fãs #1 ♥" e era de chocolate. Comi-o todo há bocado, era muito bom.

O rapaz apertou a têmpora.
- Não devias aceitar prendas de estranhos.
- Não são estranhos. São rapazes da escola.
- Mas não os conheces!
- Mas eles conhecem-me a mim.
- Idiota.

Alice apertou o punho.
- Vai para casa, antes que voes pela janela.

Rufus encaminhou-se para a varanda, sem dizer nada, e saltou para a dele, indo deitar-se logo em seguida.
Também Alice fez o mesmo, após colocar gelo no tornozelo.




Alice caminhava por uma rua, que desconhecia.
Estava escuro e não se via ninguém, nem se ouvia um único som que fosse, sem ser o som dos saltos altos dela.

No entanto, ela sentiu a presença de mais pessoas.

- Está cá muita gente hoje, ao que parece...
- Pelos vistos, sim - respondeu Rufus, surgindo atrás dela.

Alice quase que saltou com o susto, mas logo levou a foice ao pescoço do rapaz.
- Não voltes a fazer isso!

Ele apenas riu, fazendo-a corar e recolher a foice.

Shophie subia as escadas de um edifício ate chegar ao terraço, quando la chegou encontrou-se Agnes ali sentada, sorriu e sorrateiramente entrou ao terraço, fechando depois a porta fazendo um grande estrondo...

- Olha quem é ela! Agnes tu por aqui sozinha! - Deu alguns passos na sua direçao e proceguiu - Deixa-me adivinhar... nao conseguiste o que querias! - deixou escapar um pequeno risinho e disse - Que patetico!

Depois de anotar todos os numeros, rasgou o pedaço de papel onde os tinha escrito, dobrou-o e meteu-o no bolso.

Só aí reparou que ainda estava vestida com a roupa do dia anterior - lembrou-se - Assim que chegou a casa atirou-se sobre a cama, devia-se ter deixado dormir assim.

Encolheu os ombros - Depois tomo banho.

Saiu a correr de casa - Apanhou o primeiro taxi que lhe apareceu a frente - Já estava atrasada.

Nova Iorque -33 Liberty Street - 21.30h.
8 Fevereiro 2008.

Levou cerca de 20min a chegar ao local. Desceu do Taxi e entrou por uma rua estreita entre edifícios.
Havia pouco, ou nenhum movimento nas ruas.

Olhou em frente,os seus olhos focaram os guardas nocturnos na entrada do Banco (de la Reserva Federal de Nueva York).

Despacha-te Jack..Ficaste de vir aqui ter comigo. Não me falhes.. (pode ser?? xD )

Agnes apenas virou-se e observou Sophie.

- Incrível, tens sempre o dom de me aborrecer nos momentos em que menos preciso. Puff... - bufou. - Mas para tua informação apenas vim passear e estava melhor sem a tua companhia.



Depois de adormecer a sua prima, Jack foi para o seu quarto e vestiu um casaco. Com receio que os tios acordassem, saltou pela janela em vez de sair pela porta. Aterrou com um joelho no chão e sorriu.

Afinal não perdi o jeito. - pensou. - Tenho de me despachar, são quase 21:30h e não quero deixar a Nuria à espera.

Passado pouco tempo, Jack caminhava pelas ruas de Nova Iorque e viu Nuria numa rua estreita. Aproximou-se dela e murmurou:

- Esperas-me à muito tempo? - sorriu.

Finalmente viu Jack aproximar-se
- Não, cheguei agora mesmo também - Levou a mão a bolso retirando o papelinho e mostrou-o depois a Jack.
- Sabes o que isto é ? - Fez um sorriso matreiro - Consegui o código. O apartamento dele fica algures por aqui...

No sitio onde se encontravam, os edifícios que os escondiam, eram na verdade, lojas.

- Hmm, parece-me interessante, alinho. - sorriu divertido. - E então? Há algum plano ou inventamos um na hora?

Cave de uma casa
21:30
Nova Iorque

Elyss levantou-se e abanou a cabeça.

Isto tem que acabar, e é agora. – dirigiu-se ao fundo da divisão onde estava, pegou numa mochila preta que lá estava e retirou 2 pistolas prateadas de lá de dentro.

Calçou umas luvas de cabedal e agarrou no mp3, dirigindo-se então para a rua. Antes de sair colocou as armas presas na parte de trás das calças e agarrou no telemóvel. Nele, acedeu a um GPS, onde um ponto vermelho se movia no ecrã.

- Vamos lá. – murmurou colocando os fones.

Caminhou durante sensivelmente 2 horas, já que não tinha outro meio de o fazer, e andar de transportes públicos era perigoso, para ela e para as pessoas inocentes que pudessem perceber o que carregava ela.
Estava cansada, tanto física como mentalmente, o que a deixava cada vez mais concentrada, de modo a acabar rapidamente a sua missão. Parou então em frente a um condomínio e retirou um papel do bolso.

William C. Dudley – Director da Reserva Federal do Banco de Nova Iorque
Liberty street – 33

Levantou a cabeça e assentiu.

Estou no local certo. – deu a volta àquilo, procurando o sitio ideal para entrar, sem ser descoberta – Por aqui deve dar… - estava num local gradeado, mas com pouca iluminação, já longe do portão principal.

Subiu depois a grade e não teve grandes problemas para entrar. Correu rapidamente para perto das paredes do prédio de apartamentos, vendo em quais as luzes estavam ligadas e quais delas correspondiam ao andar dele.
Identificou então a janela do 5º andar que correspondia ao quarto de Dudley, e perto desta, uma árvore. Subiu à árvore e daí saltou para o parapeito do 1º andar. A partir daí, subiu andar por andar, com o maior dos cuidados.

Calma... Não vais cair agora Elyss... - respirou fundo quando finalmente se encontrou no 5º andar.

Puxou a janela para cima e viu-se na sala da casa. Sabendo a planta da casa, caminhou rapidamente para o corredor escuro. Não acendeu luzes, já que podiam descobri-la. Dirigiu-se então para o escritório, onde as decorações eram bordadas a ouro, e tudo era bom e caro. Despachou-se a colocar-se atrás de uma estante larga, para se esconder.

- Oh a serio?!- disse sarcasticamente, depois cruzou os braços - Pela primeira vez concordamos em algo! duvido que alguem consiga estar na tua companhia por muito tempo! Eu nao vou continuar a desperdiçar o meu tempo contigo.

Sophie virou costas e caminhou em direçao da porta abriu-a e disse ainda:

- Nao te preocupes em breve teras companhia, Cara Agnes!- olhou para esta uma ultima vez sorrindo e saiu do terraço, descendo calmamente...

- Agora vamos ao que interessa! Foi um grande erro ter entrado neste edificio em primeiro lugar!

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Peter acordou, levantou-se da cama, sem fazer qualquer ruido.

- Como e que eu pus a cama! E agora tenho de a fazer novamente! - Bufou - Mas primeiro...

Saiu do quarto sem fazer qualquer ruido, Para nao acordar os avos, foi ate a cozinha, aqueceu um copo de leite, tomou-o

- Nao ha nada melhor que um copo de leite quando nao se tem sono... E agora ao trabalho!

Subiu as escadas sem fazer barulho, entrou no quarto, fez a cama e voltou a dormir...

Agnes apenas ignorou as palavras de Sophie e continuou a observar o céu estrelado.
Passado pouco tempo, como ninguém estava por perto e não tinha paciência para continuar a dormir, deixou-se cair do telhado e acordou.



Já acordada, Agnes decidiu vestir uma camisa preta, um casaco da mesma cor, umas calças de ganga escura e umas botas cinzentas. Quando ia a sair de casa, reparou que o seu irmão William estava acordado.

William: Onde vais? Já viste que horas são? A mãe não te quer por aí sozinha e com más companhias...

- Poupa-me os teus conselhos, já sou crescidinha e...

William: E não achas que deves parar de fumar e de beber tanto? Vais acabar com a tua vida.

Agnes apenas saiu de casa e bateu com a porta. Pegou num cigarro e acendeu-o.
Caminhou durante um bocado pelas ruas de Nova Iorque, observando as lojas por onde passava. Não conseguia perceber porque é que ainda encontrava pessoas a darem demasiado valor a roupas e acessórios caros que, na sua opinião, eram banais e sem importância nenhuma. Entrou num bar e sentou-se ao balcão. Pediu um cocktail e quando acabou de o beber, deixou o dinheiro no balcão e saiu. Continuou o seu caminho e parou em frente a um prédio. Pegou numa pequena pedra e atirou-a à janela do quarto de Alexander, mas sem a partir.

Alice recomeçou a caminhar, olhando em volta.
Rufus seguiu-a.

- O que procuramos hoje? - ele perguntou.
- O mesmo de sempre.
- Entendido.

O ambiente em torno deles começou a mudar.

- Alice!

Rufus estendeu a sua mão, agarrando o braço dela.
Alguns segundos depois, caíram numa floresta escura e densa.

- Estás bem?
- Sim, obrigada - ela sorriu e soltou-se dele.

Após andarem um pouco, chegaram a uma clareira.
Lá, estava um homem, com uns 50 anos. Parecia inconsciente.

- É ele.

Rufus aproximou-se e pressionou a jugular do homem.
- Está morto.

Alice bufou.
- Que bom. Logo este, que é o director!
- Espera, está aqui alguma coisa... - ele pegou num papel, que estava junto ao corpo do homem.

Ela aproximou-se e leram o papel mentalmente.
- Filho da...
- Vamos. Já descobrimos o que queríamos - Rufus interrompeu.

Alice anuiu, e saíram da floresta, em direcção a umas casas que estavam lá perto.
- Será que ele anda por aqui?
- Deve andar... Ele nunca sai desta zona...

Ouviram uns ruídos, perto deles.

- Eduard? - ela murmurou.

- Inventamos - Em passos largos e apressados metendo-se por ruas e entre-ruas, acabaram por parar em frente a um condomínio. Dois seguranças guardavam o portão e olharam-na de soslaio.
Para disfarçar fingiu ajeitar os sapatos,apoiada em Jack - como se lhe doessem os pés.

Depois,como se nada fosse continuaram a andar pela calçada, quando os guardas desviaram o olhar, esgueiraram-se para a parte lateral do condomínio.

Jack colocou um joelho no chão e assente sobre o outro colocou as mão de forma a fazer o chamado "pé de ladrão". Nuria colocou o pé sobre ele e num impulso da outra perna junto com as mãos de Jack Ficou em cima do muro, agarrada às grades.

Por uns momentos deixou os seus olhos "viajarem" através das grades (altas) e tentando visualizar o espaço - Sim, é aqui...foi aqui que estive durante o sonho. Tenho a certeza. É aquela janelinha ali - apontava para o quinto andar enquanto sussurrava a Jack, só depois se apercebendo que este como estava lá em baixo não conseguia subir.

Jack atirou-lhe uma corda, a qual atou as grades e o ajudou a subir depois. Agarrados as grandes lançaram a corda para o lado de lá e depois de treparem as grades, desceram por ela. Escondidos atrás de uma pequena cabine - dos seguranças.

Espero que isto não tenha sensores de movimento

Jack observou os guardas e depois o 5º andar e pensou:

- Hmm, talvez... - sorriu. - É isso mesmo!

Aproximou-se de Nuria para murmurar:

- Tenho uma ideia, segue-me. - pediu.

Com cuidado, Jack e Nuria deslocaram-se para um dos lados do prédio, onde estava uma árvore. Esconderam-se atrás dela e Jack perguntou:

- Nuria, confias em mim?

Nuria franziu o sobrolho intrigada. Após uma breve reflexão
- hm.. S-Sim - assentiu com a cabeça - Porque que estas ai a pensar? - sussurava

Sorriu divertido e confiante.

- Então vamos a isso, agarra-te bem! - disse.

Pegou em Nuria às cavalitas e subiu para a árvore, até ao ramo mais alto. Depois, sem chamar à atenção dos guardas nem dos vizinhos, saltou para o parapeito de uma janela e subiu de parapeito em parapeito, até chegar ao 5º andar. Reparou que a janela já estava aberta e pensou:

- Não estamos sozinhos.

Espreitou para ver se estava alguém por perto. Concluiu que não estava ninguém na sala e entrou sem fazer barulho. Nuria saiu das suas cavalitas e Jack disse-lhe:

- Já conseguimos entrar, agora só falta saber onde é que ele guarda o cofre. Mas temos de ter cuidado: suponho que esteja cá mais alguém com o mesmo objectivo que nós, visto que a janela estava aberta.

Nuria fitou a janela aberta.
Será?
- Nah.. A empregada deve te-la deixado aberta para arejar...

Colocou as mãos na cintura e observou a sala.

Subitamente os seus olhos abriram-se bastante,como se lembrasse de alguma coisa, e correu para a estante que havia ao fundo da sala, encostada a uma parede.
- A estante. Ele desviou-a! O cofre fica por de trás da estante. - Sem hesitar começou a empurra-la. Jack apressou-se a ajuda-la,tentando fazer o mínimo barulho possível